• LAC CANINUM

    LAC CANINUM (Lac‑c.)

    SINTOMAS QUE ALTERNAM LATERELIDADE.

    Abor­dagem men­tal com destaque para sen­sações de inutil­i­dade, infe­ri­or­i­dade e humil­hação, muitas vezes resul­tantes de um históri­co de abu­so e vio­lên­cia. O indi­ví­duo desen­volve um forte auto-despre­zo e auto-repugnân­cia, fre­quente­mente apre­sen­tan­do uma ati­tude sub­mis­sa, pedin­do des­cul­pa e esforçan­do-se para agradar aos out­ros, mes­mo que para isso ten­ha de suprim­ir a sua ver­dadeira iden­ti­dade. Man­tém uma imagem de con­tro­lo e per­feição, com uma aparên­cia imac­u­la­da e dis­cur­sos elo­giosos sobre si próprio, mas, inte­ri­or­mente, vive com medo con­stante de perder o con­tro­lo.

    Além dis­so, há uma grande ansiedade lig­a­da ao medo de fal­har, à sen­sação de inca­paci­dade para cumprir os seus deveres e ao receio de não ser bem-suce­di­do. Essa pes­soa sente a neces­si­dade de se mostrar e destacar, caso con­trário teme ser igno­ra­da ou neg­li­gen­ci­a­da. Mes­mo quan­do alcança suces­so e parece feliz, não se sente ver­dadeira­mente no con­tro­lo da situ­ação, como se estivesse sem­pre no fun­do da hier­ar­quia social. Assim, a sua sobre­vivên­cia emo­cional parece depen­der da feli­ci­dade e aprovação dos out­ros, como um “cão” que pre­cisa man­ter o “mestre” sat­is­feito para asse­gu­rar o seu lugar.

    Men­tal­mente, obser­va-se his­te­ria, mudanças brus­cas de humor e emoções extremas. Exis­tem tam­bém ilusões recor­rentes com ser­pentes, um medo sub­ja­cente e irra­cional. Fisi­ca­mente, o remé­dio tem um tro­pis­mo espe­cial para a gar­gan­ta e o sis­tema neu­rológi­co, com sin­tomas que podem alternar entre os lados do cor­po. Há ver­ti­gens, sen­sações de flu­tu­ação, espe­cial­mente à noite, e uma sen­sação de gar­gan­ta bril­hante e vidra­da, por vezes acom­pan­ha­da de uma mem­brana bran­ca per­o­la­da. Casos ante­ri­ores de dif­te­ria migratória ou par­al­isia pós-dif­te­ria tam­bém podem estar pre­sentes.

    Os medos inten­sos de cobras, des­ma­iar, mor­rer, cair e de doenças imi­nentes são comuns, acom­pan­hados por esquec­i­men­to e dis­tração. As modal­i­dades indicam uma pio­ra dos sin­tomas com o calor, como o uso de agasal­hos ou cober­tores, e uma mel­ho­ria sig­ni­fica­ti­va ao tomar ban­ho ou em ambi­entes frios. Esta descrição glob­al dos sin­tomas men­tais e físi­cos é essen­cial para iden­ti­ficar e tratar ade­quada­mente o paciente com home­opa­tia.


    TEMÁTICA

    O tema dos Lac abor­da prob­le­mas na lig­ação entre mãe e fil­ho, que podem ser cau­sa­dos por uma var­iedade de fatores, como doença mater­na, depressão pós-par­to, difi­cul­dades na ama­men­tação, pre­ma­turi­dade, ou sep­a­ração pre­coce. Ape­sar dess­es desafios, há um forte dese­jo de conexão, levan­do as cri­anças a adotarem com­por­ta­men­tos servis e respon­sáveis, refletindo uma carên­cia afe­ti­va.

    A dinâmi­ca famil­iar pode invert­er-se, com a mãe tor­nan­do-se depen­dente do fil­ho, geran­do uma relação de co dependên­cia. Em con­tex­tos onde a mãe é solteira, o fil­ho pode sen­tir a neces­si­dade de preencher o vazio deix­a­do pela ausên­cia de um par­ceiro parental. Essa situ­ação pode levar ao envolvi­men­to em causas soci­ais, como o fem­i­nis­mo, ou a uma pos­tu­ra rebelde, mas com uma causa clara e jus­ti­fi­ca­da. A espir­i­tu­al­i­dade pode tam­bém servir como um refú­gio ou uma for­ma de dar sen­ti­do à vida.

    A vitimiza­ção, acom­pan­ha­da de um sen­ti­men­to de indig­nação, pode sur­gir, espe­cial­mente em casos de abu­so, resul­tan­do em uma alternân­cia de com­por­ta­men­tos entre a bus­ca por justiça e a indifer­ença. Sen­ti­men­tos de cul­pa são per­sis­tentes e influ­en­ci­am a dinâmi­ca das relações famil­iares ao lon­go do tem­po.

    Além dis­so, um históri­co de abu­so na infân­cia, espe­cial­mente durante a fase de ama­men­tação, e prob­le­mas graves nas relações famil­iares ger­am con­fli­tos nos rela­ciona­men­tos atu­ais, difi­cul­tan­do a capaci­dade de supor­tar o toque e a intim­i­dade. Ao mes­mo tem­po, uma sex­u­al­i­dade aumen­ta­da e descon­tro­la­da, desprovi­da de restrições morais, provo­ca sen­ti­men­tos inten­sos de cul­pa, ver­gonha e auto-repugnân­cia. Ess­es con­fli­tos inter­nos podem man­i­fes­tar-se como transtornos ali­menta­res e Transtorno Obses­si­vo-Com­pul­si­vo (TOC).


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