• Bismuthum

    Bis­muthum

    Sente uma pro­fun­da sen­sação de estar soz­in­ho, como se fos­se um “rei” prestes a perder tudo. A sua posição de poder e sta­tus está a ser reti­ra­da, enquan­to os suces­sores o afas­tam e o con­sid­er­am supér­fluo. Este sen­ti­men­to de expul­são leva‑o a dese­jar mais inten­sa­mente o calor humano e o con­tac­to, ten­tan­do preencher o vazio deix­a­do pela solidão. Ape­sar de ser força­do a des­pedir-se do seu car­go e encer­rar a sua car­reira, o paciente resiste à ideia de abdicar sem protes­tar, sentin­do-se ofen­di­do pela situ­ação. Para ele, a per­da de hon­ra é algo insu­portáv­el, e pref­ere a morte à des­on­ra.

    A sua per­son­al­i­dade dita­to­r­i­al e autoritária não o impede de recon­hecer, even­tual­mente, a inevitabil­i­dade da per­da. A par­tir daí, o paciente desen­volve uma aver­são ao poder, rejei­tan­do todas as suas cono­tações neg­a­ti­vas, como a cor­rupção, arrogân­cia e tendên­cias dita­to­ri­ais que o acom­pan­ham. Men­tal­mente, a solidão tor­na-se insu­portáv­el, espe­cial­mente em momen­tos de ansiedade, como uma cri­ança que se agar­ra à mão da mãe em bus­ca de con­for­to. Ele queixa-se fre­quente­mente do seu esta­do, demon­stran­do um pro­fun­do descon­tenta­men­to com a sua situ­ação.

    No plano físi­co, os prob­le­mas de estô­ma­go agravam o seu quadro ger­al, refletindo o impacto emo­cional na sua saúde.


tradutor
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