ARSENICUM ALBUM (Ars.)
O paciente de Arsenicum sente-se inseguro. Sente que não tem apoio, que está sozinho. Este profundo sentimento de insegurança provoca diversos medos e ansiedades, tais como a ansiedade característica relativamente à saúde, o medo da morte, o medo da pobreza e da solidão. É alguém muito exigente a ordem fá-lo sentir-se em controlo, enquanto a desordem e o desleixo o fazem sentir-se ansioso. A ansiedade e os medos são acompanhados de agitação e agravam-se à noite.
FRAQUEZA, AGITAÇÃO, ANSIEDADE, FRIEZA
MENTAL:
ANSIEDADE com a SAÚDE tem MEDO DA MORTE, após a meia-noite, de estar só. AGITADO durante a ansiedade, medo ou doença aguda. MELINDROSO, quer tudo em ordem e muito limpo. Egoísta. Crítico. Censura os outros e a si próprio.
FISICO:
DORES ARDENTES; as partes afetadas ardem menos com bebidas quentes, aplicações quentes. FRIORENTO, falta de calor vital. Quer estar tapado com muitos cobertores. Calor na cabeça com frio no corpo. Quere‑a exposta ao ar livre. Grande sede por quantidades pequenas e frequentes. Diarreia após intoxicação alimentar. Grande fraqueza devido à diarreia, após evacuar.
Diarreia antes ou durante o vómito. Dificuldade em respirar (asma) é pior quando deitado; é impossível estar deitado. O paciente é incapaz de se deitar com medo de sufocar. Comichão, tem de coçar até que sangre. Náusea, terrível mais com o cheiro da comida.
MODALIDADES:
MELH.: muito quente, aplicações quentes, bebidas muito quentes, sol.
AGR.: após a meia-noite, em especial entre a 01.00–02.00h, deitado com a cabeça baixa, ao ficar frio, ao entrar num local frio.
O tema é perda do trabalho ou falência da empresa, sente-se responsável e culpa-se pelo fracasso. Tem medo de que tudo o que possui seja levado, especialmente o fruto do seu trabalho. Preocupação constante com ladrões e com a possibilidade de perder as suas ferramentas, o que o impediria de continuar a trabalhar. Sente-se envelhecido, com a sensação de que outros aguardam a sua morte para assumirem o controlo.
A ganância surge do medo de ficar sem o suficiente, tornando-se avarento. Sente ciúmes dos que possuem mais e obtém prazer no infortúnio alheio. Para evitar a decadência, tenta ser meticuloso, mas acredita que o colapso é inevitável. Verifica tudo repetidamente, mas nunca sente que é suficiente. Vive inquieto, com medo de perder tudo, teme ser abandonado, sentir-se indesejado e sem amor, agora que já não possui os seus bens.