• Baptisia tinctoria

    Bap­tisia tinc­to­ria

    A Bap­tisia é um remé­dio home­opáti­co ampla­mente uti­liza­do, prin­ci­pal­mente con­heci­do pela sua eficá­cia no trata­men­to da febre tifoide e out­ras condições graves, como gripe epidémi­ca e várias infeções. A sua atu­ação desta­ca-se quan­do os sin­tomas do paciente coin­ci­dem com a pato­ge­n­e­sia do remé­dio, ofer­e­cen­do alívio sig­ni­fica­ti­vo. No entan­to, o uso rotineiro sem a con­sid­er­ação dos sin­tomas especí­fi­cos pode resul­tar em fra­cas­sos.

    Mente:

    Os pacientes que neces­si­tam de Bap­tisia cos­tu­mam apre­sen­tar pro­fun­da con­fusão men­tal, uma sen­sação de dis­per­são da mente e do cor­po. Há delírios mur­mu­rantes, com ilusão de que o cor­po está divi­di­do, ou de que os mem­bros estão sep­a­ra­dos e comu­ni­cam entre si. Este esta­do men­tal é acom­pan­hado por um sen­ti­men­to de medo de perder a iden­ti­dade e medo de ser excluí­do, agrava­do após via­gens a locais pobres, desen­vol­ven­do uma inqui­etação men­tal e medo de viv­er na pobreza e na sujeira. Os doentes ten­dem a cair em um estu­por, adorme­cen­do enquan­to falam, como se não con­seguis­sem com­ple­tar os pen­sa­men­tos ou falas antes de mer­gul­harem nova­mente no sono. Mes­mo quan­do des­per­tos, há uma inca­paci­dade de con­cen­trar a mente e um sen­ti­men­to de que o cor­po e a mente estão sep­a­ra­dos.

    Físico:

    Fisi­ca­mente, os pacientes apre­sen­tam uma sen­sação gen­er­al­iza­da de peso e dor. As partes do cor­po onde repousam tor­nam-se dolorosas, como se a cama fos­se dura, cau­san­do descon­for­to con­tín­uo. Há uma sen­sação de con­tusão e fraque­za nos mem­bros infe­ri­ores, acom­pan­ha­da por dor­mên­cia. A sonolên­cia exces­si­va é uma car­ac­terís­ti­ca mar­cante, acom­pan­ha­da por febre, delírio e pros­tração. A cabeça parece grande e pesa­da, com uma sen­sação de adormec­i­men­to na face e cefaleia. A dor é inten­sa, com uma sen­sação de peso na base do cére­bro. Há tam­bém dor de cabeça frontal que se estende até à raiz do nar­iz, agra­van­do a pressão. Os olhos estão fre­quente­mente tur­vos, com uma sen­sação de ardor e inca­paci­dade de supor­tar a luz. Os glo­bos ocu­lares estão dori­dos e frágeis ao movi­men­to.

    Entre as condições clíni­cas mais comuns tratadas com Bap­tisia estão o abor­to ameaça­do, apoplex­ia, apen­dicite, câncer, dis­en­te­ria, febre gástri­ca e febre tifoide. O remé­dio é efi­caz no trata­men­to de gripes epidémi­cas, com sin­tomas como dor de cabeça, pros­tração pro­fun­da, dores pelo cor­po e irri­tação gen­er­al­iza­da. Out­ras condições tratáveis incluem peste, varío­la, dif­te­ria e enve­ne­na­men­to por gás de esgo­to.


    O tema é o con­fli­to entre tra­bal­ho e praz­er, com a sen­sação de que a vida dev­e­ria ser mais do que ape­nas tra­bal­ho. Há uma tendên­cia ao per­fec­cionis­mo e ao tra­bal­ho exces­si­vo, que leva a esgo­ta­men­to men­tal e físi­co. O dese­jo de viv­er de for­ma mais sim­ples e aproveita­do­ra con­trasta com o forte sen­so de dev­er, crian­do uma espé­cie de “esquizofre­nia” inter­na, onde o indi­ví­duo se sente divi­di­do entre cumprir obri­gações e des­fru­tar da vida. Fisi­ca­mente, essa divisão pode se man­i­fes­tar como fadi­ga crôni­ca, aver­são ao tra­bal­ho e sen­sação de com­pressão ou lim­i­tação. O esgo­ta­men­to resul­ta em con­fusão men­tal, difi­cul­dade de con­cen­tração, apa­tia e fal­ta de ener­gia. Surge o medo de ser pobre ou excluí­do, ali­men­tan­do uma sen­sação de que os recur­sos estão esgo­ta­dos.

    Há tam­bém um dese­jo de faz­er muito pelos out­ros, mas a fal­ta de rec­i­pro­ci­dade gera frus­tração e a sen­sação de ser excluí­do ou persegui­do. O dese­jo de liber­dade e de faz­er coisas praze­rosas col­ide com o peso do dev­er. Nos está­gios finais, surge uma seriedade extrema, sem humor ou ale­gria, geral­mente cau­sa­da pela fal­ta de din­heiro, amor ou liber­dade, levan­do à sen­sação de impotên­cia frente aos prob­le­mas da vida.

    Essa condição é fre­quente­mente lig­a­da a esta­dos como influen­za ou mononu­cle­ose, con­heci­das por esgo­tar a ener­gia vital e acen­tu­ar o dese­jo de lev­eza e despre­ocu­pação.


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