• BITIS ARIETENS

    BITIS ARIETENS

    O paciente demon­stra uma tendên­cia a mas­carar suas emoções, supri­m­in­do a rai­va ou vio­lên­cia e man­ten­do-se ati­vo e ocu­pa­do. No entan­to, ele enfrenta ansiedade som­a­ti­za­da, man­i­fe­s­tando-se através de pal­pi­tações, disp­neia, ton­tu­ra e medo de insanidade ou de ter um infar­to, espe­cial­mente quan­do está soz­in­ho. Além dis­so, apre­sen­ta con­fusão men­tal, aver­são a ser inco­moda­do e até mes­mo o hábito de socar obje­tos imag­inários. Curiosa­mente, ele dese­ja quei­jo, emb­o­ra isso pareça agravar sua condição.

     

    No aspec­to men­tal, o paciente exibe uma série de car­ac­terís­ti­cas mar­cantes. Ele exper­i­men­ta rai­va irra­cional e vio­len­ta diante da menor con­tradição, e teme perder o con­t­role. Além dis­so, não demon­stra pre­ocu­pação pelos sen­ti­men­tos dos out­ros e pode ser ganan­cioso, inve­joso e mate­ri­al­ista. Sua per­son­al­i­dade pode ser rude, abu­si­va e car­ente de encan­to, e ele teme que sua rai­va pos­sa sair do con­t­role e levá-lo à lou­cu­ra, emb­o­ra ten­ha pou­ca con­sid­er­ação pelos sen­ti­men­tos alheios. Emb­o­ra dese­je com­pan­hia, ele não é social­mente hábil e tende a causar dis­cussões em ambi­entes soci­ais. É preguiçoso, seu ambi­ente cos­tu­ma ser des­or­ga­ni­za­do, e mostra desin­ter­esse por qual­quer coisa, tor­nan­do-se letár­gi­co e sem ale­gria. Ele pref­ere ocu­par-se com ativi­dades sem sen­ti­do a ter que pen­sar no que está fazen­do, e pode ser ganan­cioso e inve­joso em relação ao que os out­ros têm.

    Em relação às sen­sações e ilusões, o paciente rela­ta uma sen­sação de divisão entre o cor­po e a mente, com um con­fli­to e união entre a esquer­da e a dire­i­ta. Isso tam­bém envolve um grau de con­fusão e ambigu­idade de gênero. Ele descreve uma sen­sação de con­strição e aper­to, com a gar­gan­ta aper­ta­da e fecha­da e difi­cul­dade para res­pi­rar, como se alguém estivesse sen­ta­do em seu peito e com­pri­m­in­do seus pul­mões, impedindo‑o de expandir o peito para inalar.

    Quan­to aos sin­tomas físi­cos, o paciente exper­i­men­ta dores de cabeça, ver­ti­gens, son­hos rela­ciona­dos a jogos e vitórias por tra­paça, inchaço abdom­i­nal, dis­menor­reia e sono per­tur­ba­do, muitas vezes com gri­tos e con­ver­sas durante o sono. Ele obser­va que seus sin­tomas mel­ho­ram com a ativi­dade, mas a ativi­dade o esgo­ta rap­i­da­mente. Além dis­so, há um padrão de pio­ra mati­nal, com uma mel­ho­ra grad­ual ao lon­go da sem­ana. Em relação à ali­men­tação, ele rela­ta um apetite incon­troláv­el, com grande fome e dese­jo por ali­men­tos frios e dietéti­cos, como sorvetes.

    Por fim, em relação às extrem­i­dades, o paciente apre­sen­ta ede­ma, inchaço e dilatação, além de inchaço ger­al e das glân­du­las lin­fáti­cas.


    TEMÁTICA

    •O tema das cobras demon­stram uma forte com­pet­i­tivi­dade e ciúmes em ger­al, ali­men­tam-se pela sen­sação de infe­ri­or­i­dade e descon­fi­ança em relação aos out­ros. Ten­dem a ocul­tar os seus ver­dadeiros sen­ti­men­tos, sendo enganosos nos seus afe­tos, são cautelosos e dis­sim­u­la­dos ou fin­gi­dos nas inter­ações soci­ais.
    •Um dos medos mais pro­fun­dos é o temor de serem ata­ca­dos e de perderem os seus mem­bros. Têm com­por­ta­men­tos vio­len­tos, cruéis e insen­síveis quan­do se sen­tem ameaça­dos. Por vezes estes ataques de ira são plane­ja­dos e súbitos, nun­ca impul­sivos.
    •Além das questões men­tais, o tema das cobras tam­bém está asso­ci­a­do à espir­i­tu­al­i­dade e à clar­iv­idên­cia, exibindo loquaci­dade e ilusões de estar a voar. Têm sen­si­bil­i­dade no pescoço e uma relação pecu­liar com a chu­va, que pode des­en­cadear ou agravar os sin­tomas.
    •No con­tex­to físi­co, inclui dis­túr­bios da cir­cu­lação san­guínea, prob­le­mas de pele, obsti­pação, dis­túr­bios hor­mon­ais e dores de cabeça. Exibem um padrão com­por­ta­men­tal especí­fi­co, como falar muito (loquaci­dade), têm prefer­ên­cia por roupas aper­tadas ou não as supor­tam, nor­mal­mente vestem roupas vis­tosas. Há uma lig­ação sim­bóli­ca ao sub­mun­do da espir­i­tu­al­i­dade.

    RA02


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