• Hura brasiliensis

    Hura brasilien­sis

    Men­tal­mente, há uma sen­sação de opressão e infortúnio, com crises emo­cionais alter­nan­do entre choro e riso. Os pen­sa­men­tos tristes pre­dom­i­nam, fre­quente­mente lig­a­dos à per­da de alguém queri­do, resul­tan­do numa con­stante sen­sação de cul­pa. Há irri­tabil­i­dade, indis­posição para o tra­bal­ho e uma sen­sação de exclusão social, descri­ta como um pária, asso­ci­a­da a uma doença como a hanseníase. A mente tam­bém rev­ela con­sciên­cia exager­a­da, sonolên­cia e son­hos per­tur­badores que envolvem viagem, água amarela, cadáveres e assas­si­nos.

    Fisi­ca­mente, o paciente sente con­fusão, ton­tu­ra, peso na cabeça, dores lanci­nantes que se esten­dem para a nuca, e uma sen­sação de esti­ca­men­to na tes­ta. A visão está com­pro­meti­da, com formiga­men­to, sen­sação de areia nos olhos, pálpe­bras infla­madas e até cegueira. A audição é afe­ta­da por zumbidos e asso­bios, enquan­to o ros­to apre­sen­ta palidez, man­chas ver­mel­has, inchaços e calor. Na boca, há espin­has nas gen­gi­vas, lín­gua bran­ca, e um gos­to desagradáv­el.

    A dor de estô­ma­go, fome inten­sa, cóli­cas, diar­reia indo­lor, obsti­pação e ver­mes nas fezes, além de dor no rim dire­ito, com uri­na esverdea­da e sed­i­men­tos bran­cos. Nos órgãos sex­u­ais, há ereções dolorosas, son­hos amorosos e, nas mul­heres, leu­cor­reia e men­stru­ação irreg­u­lar. O sis­tema res­pi­ratório está com­pro­meti­do por tosse seca, expec­to­ração espes­sa e sen­sação de sufo­ca­men­to. No peito, surgem tremores ner­vosos, dores lanci­nantes e uma sen­sação de opressão que se deslo­ca entre o ombro e o seio, com dores agu­das no coração que difi­cul­tam a res­pi­ração. A col­u­na e as extrem­i­dades sofrem fraque­za e dores reumáti­cas, espe­cial­mente na região lom­bar e nas artic­u­lações, além de uma sen­sação de calor nas unhas, como se partes delas tivessem sido arran­cadas. A pele man­i­fes­ta erupções vesic­u­lares, dolorosas ao toque, com coceira que per­tur­ba o sono. O paciente encon­tra-se debil­i­ta­do tan­to físi­ca quan­to emo­cional­mente, com sin­tomas que afe­tam vários sis­temas do cor­po, prin­ci­pal­mente a pele e o sis­tema diges­ti­vo.


    O tema é apre­sen­ta emoções reprim­i­das, espe­cial­mente rai­va, dev­i­do à leal­dade e dependên­cia de fig­uras mais fortes. Sente que os out­ros são duros, não o amam nem o ouvem, e que é dom­i­na­do e menospreza­do. Ape­sar dess­es sen­ti­men­tos, reage de for­ma edu­ca­da e amigáv­el. Vive sob a influên­cia de um líder dom­i­nador e depre­cia­ti­vo, o que lhe gera uma sen­sação de inutil­i­dade.

    Há uma carên­cia de amor, espe­cial­mente mater­no, pos­sivel­mente dev­i­do a uma mãe ausente ou dura. A exper­iên­cia de abu­so na infân­cia, em que a mãe nega o ocor­ri­do por medo, faz com que a cri­ança suprim­isse as suas emoções e se sin­ta cul­pa­da por “men­tir”. A pes­soa é sen­sív­el, reli­giosa e espir­i­tu­al, mas sente-se desleal con­si­go mes­ma ao abrir mão de suas crenças para seguir a lid­er­ança de out­ro. Ao imag­i­nar ter algu­ma qual­i­dade, sente-se arro­gante, como se fos­se uma blas­fémia, per­mitin­do assim que out­ros o dominem.

    Fisi­ca­mente, essas ten­sões emo­cionais man­i­fes­tam-se em crises vio­len­tas, como diar­reia, zoster e até abu­so de álcool. O paciente rela­ta tam­bém uma sen­sação de con­strição e estar pre­so, como se estivesse aper­ta­do, segu­ra­do ou amar­ra­do. Há sin­tomas asso­ci­a­dos à região retal e à pele, refletindo a som­a­ti­za­ção de seus con­fli­tos inter­nos.


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