• Iberis amara

    Iberis ama­ra

    Sen­tem que não con­segue atin­gir o seu poten­cial nos estu­dos, nas artes e na ciên­cia, e quan­do repro­va na esco­la, ami­gos deix­am de falar com ela, levando‑a a um sen­ti­men­to de fra­cas­so e à per­da da fé por parte da família e dos ami­gos. O seu esta­do é agrava­do por um exces­so de tra­bal­ho, fil­hos doentes, um mari­do dom­i­nador e um chefe zan­ga­do, resul­tan­do em sin­tomas cardía­cos, asma, bron­quite, hidropisia e gripe.

    A sua mente está triste, desan­i­ma­da e oprim­i­da, com uma von­tade con­stante de sus­pi­rar. Sente-se muito irritáv­el, com fal­ta de memória, e ner­vosa ao acor­dar. Acor­da com um pavor indefinido e tremores, ten­do ain­da uma sen­sação exci­ta­da e assus­ta­da, acom­pan­ha­da de suor frio no ros­to.

    Fisi­ca­mente, apre­sen­ta ver­ti­gens com dor maçante e frio, espe­cial­mente ao lev­an­tar-se pela man­hã, e sente-se fra­ca ao faz­er esforços. A dor na cabeça é acom­pan­ha­da por calor e plen­i­tude, o que provo­ca rubor facial e pés e mãos frios. Seus olhos estão ver­mel­hos, sentin­do como se algo os estivesse forçan­do para fora, acom­pan­hados de flash­es diante dos olhos, dor de cabeça e pal­pi­tações.

    No que diz respeito à gar­gan­ta, sente como se estivesse cheia de poeira e com a sen­sação de engas­go, apre­sen­tan­do con­stante agluti­nação de muco espes­so após as refeições. A sua ali­men­tação é mar­ca­da por per­da de apetite e indi­gestão, com arro­tos aze­dos e náuse­as após com­er. No abdó­men, sente plen­i­tude e opressão, com dor na região do fíga­do e fezes cor de bar­ro.

    Os órgãos urinários apre­sen­tam micção fre­quente e escas­sa. Nos órgãos res­pi­ratórios, há cóce­gas e secu­ra na laringe, acom­pan­hadas de disp­neia e pal­pi­tações ao subir escadas. No peito, sente dor sob o ester­no e uma sen­sação con­tínua de peso e ansiedade.

    O coração apre­sen­ta aumen­to da fre­quên­cia, pal­pi­tações, e dores inten­sas que se esten­dem para o braço esquer­do, sendo a dor con­stante e incô­mo­da, sem alívio em qual­quer posição. Sente ain­da formiga­men­to e dor­mên­cia nos mem­bros supe­ri­ores, espe­cial­mente na mão esquer­da, e tremores nas per­nas após exer­cí­cio.

    Em ger­al, a pes­soa se sente inca­paz de mover até mes­mo um dedo e exper­i­men­ta dores por todo o cor­po, como se tivesse um res­fri­a­do. As noites são inqui­etas, reple­tas de son­hos per­tur­badores e calor, acom­pan­hados de febre. Sente frieza com náuse­as e apre­sen­ta sin­tomas febris de pas­sagem ráp­i­da.


    O tema é ten­ta ser espe­cial e alcançar uma posição ele­va­da, ini­cial­mente supor­tan­do as difi­cul­dades com âni­mo. Porém, aca­ba por desi­s­tir ao perce­ber que o obje­ti­vo é inal­cançáv­el, levan­do a amar­gu­ra e cin­is­mo, como se car­regasse uma cruz pesa­da. As dores anti­gas blo­queiam o fluxo nat­ur­al da vida, e sente-se humil­ha­da e usa­da. A vida perde cor, tor­nan­do-se escu­ra, cinzen­ta e fria, sem praz­er ou diver­são. A fal­ta de recur­sos, tan­to de comi­da quan­to de cul­tura, aprisiona‑a, e a família pre­cisa de cuida­dos con­stantes. No casa­men­to, sente-se usa­da, feri­da na sua sex­u­al­i­dade, sem amor ver­dadeiro, e acred­i­ta que não é sufi­cien­te­mente boa. Dese­ja fugir, bus­can­do liber­dade fora de casa. Tem um históri­co de pais neg­li­gentes e sofre de dis­ten­são abdom­i­nal.


tradutor
error: Content is protected !!