LAC CAPRINUM (lac-cp)
Questões emocionais, especialmente relacionadas ao medo de perder o status social ou a posição elevada. Esse receio constante leva os indivíduos a suprimir sentimentos e a procurar desesperadamente por uma posição segura que garanta proteção. O tema do “bode expiatório” está presente, refletindo o temor de degradação e queda social, o que os leva a se esconder, camuflar e até mentir para evitar essa perda de posição.
No caso de crianças, a necessidade deste remédio é evidente quando ficam nervosas e assustadas, com medo de fantasmas, lobos e objetos pontiagudos. Essas crianças frequentemente se agarram à mãe em busca de segurança, revelando um profundo medo de serem ameaçadas e de não conseguirem escapar.
Mentalmente, essas pessoas mantêm um comportamento controlado e prudente, mas interiorizam um grande medo de serem surpreendidas ou atacadas. Esse medo nem sempre é expresso, mas acompanha uma sexualidade desinibida, sem vergonha, embora ao mesmo tempo temam seus próprios impulsos sexuais. Há uma forte presença de temas sexuais, como seios e sexo oral, o que pode causar angústia adicional.
A raiva direcionada à família é outro aspecto importante, acompanhada de uma ilusão de que as pessoas falam sobre elas pelas costas. Em termos de odores, há uma percepção de que os pés e os genitais exalam um cheiro forte, especialmente o suor.
Fisicamente, os sintomas tendem a se manifestar no lado esquerdo do corpo. Estes incluem dores agudas na cabeça, nos olhos, na garganta e no abdómen. Também se verificam palpitações, sensação de queimação no estômago e no trato urinário, além de estalos nas articulações. As extremidades podem experimentar calafrios, agravando a sensação geral de desconforto.
Em suma, os indivíduos que necessitam deste remédio homeopático enfrentam um complexo quadro de medo de perder o controle, combinado com uma sexualidade desinibida e uma profunda sensação de vulnerabilidade, resultando em uma gama de sintomas tanto mentais quanto físicos.
TEMÁTICA
O tema dos Lac aborda problemas na ligação entre mãe e filho, que podem ser causados por uma variedade de fatores, como doença materna, depressão pós-parto, dificuldades na amamentação, prematuridade, ou separação precoce. Apesar desses desafios, há um forte desejo de conexão, levando as crianças a adotarem comportamentos servis e responsáveis, refletindo uma carência afetiva.
A dinâmica familiar pode inverter-se, com a mãe tornando-se dependente do filho, gerando uma relação de co dependência. Em contextos onde a mãe é solteira, o filho pode sentir a necessidade de preencher o vazio deixado pela ausência de um parceiro parental. Essa situação pode levar ao envolvimento em causas sociais, como o feminismo, ou a uma postura rebelde, mas com uma causa clara e justificada. A espiritualidade pode também servir como um refúgio ou uma forma de dar sentido à vida.
A vitimização, acompanhada de um sentimento de indignação, pode surgir, especialmente em casos de abuso, resultando em uma alternância de comportamentos entre a busca por justiça e a indiferença. Sentimentos de culpa são persistentes e influenciam a dinâmica das relações familiares ao longo do tempo.
Além disso, um histórico de abuso na infância, especialmente durante a fase de amamentação, e problemas graves nas relações familiares geram conflitos nos relacionamentos atuais, dificultando a capacidade de suportar o toque e a intimidade. Ao mesmo tempo, uma sexualidade aumentada e descontrolada, desprovida de restrições morais, provoca sentimentos intensos de culpa, vergonha e auto-repugnância. Esses conflitos internos podem manifestar-se como transtornos alimentares e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).