LAC DEFLORATUM (leite desnatado)
Obesidade e nutrição perturbada. Anemia.
Na avaliação mental de um paciente é crucial para prescrição do tratamento mais adequado. Alguns dos aspectos mentais considerados incluem a necessidade de pertencer à comunidade, acompanhada do medo de ser rejeitado por ela. Há também uma necessidade de ser considerado atraente, sendo esta uma preocupação significativa. Além disso, é comum observar um tremendo sentimento de injustiça, acompanhado da necessidade de suportar grande sofrimento.
Outros pontos relevantes incluem os cuidados pela e para a mãe, assim como uma sensação de sujidade que pode ser presente. Não raramente, os pacientes podem apresentar quadros de depressão, com disposição suicida e até meditação sobre maneiras de tirar a própria vida, especialmente em situações de crise. O medo de ser espancado é outra característica que pode ser observada.
No campo das sensações e ilusões, é comum encontrar pacientes com a sensação de abandono e separação da mãe. Os sonhos frequentemente envolvem temas de perseguição e espancamento, refletindo o estado emocional do indivíduo.
No que diz respeito ao sistema feminino, afecções da mama, incluindo má lactação, são observadas, assim como dor no peito antes da menstruação.
As dores de cabeça também são uma queixa comum, com características específicas, como dor palpitante nas têmporas enquanto o resto da cabeça permanece leve.
Em relação a comidas e bebidas, pode haver um forte desejo ou intolerância ao leite, enquanto a sede intensa é uma queixa recorrente.
As modalidades de piora incluem o consumo de leite, a perda de sono, a exposição ao frio e durante a gravidez. Por outro lado, os pacientes podem experimentar melhora com pressão da ligadura, conversa e descanso.
TEMÁTICA
O tema dos Lac aborda problemas na ligação entre mãe e filho, que podem ser causados por uma variedade de fatores, como doença materna, depressão pós-parto, dificuldades na amamentação, prematuridade, ou separação precoce. Apesar desses desafios, há um forte desejo de conexão, levando as crianças a adotarem comportamentos servis e responsáveis, refletindo uma carência afetiva.
A dinâmica familiar pode inverter-se, com a mãe tornando-se dependente do filho, gerando uma relação de co dependência. Em contextos onde a mãe é solteira, o filho pode sentir a necessidade de preencher o vazio deixado pela ausência de um parceiro parental. Essa situação pode levar ao envolvimento em causas sociais, como o feminismo, ou a uma postura rebelde, mas com uma causa clara e justificada. A espiritualidade pode também servir como um refúgio ou uma forma de dar sentido à vida.
A vitimização, acompanhada de um sentimento de indignação, pode surgir, especialmente em casos de abuso, resultando em uma alternância de comportamentos entre a busca por justiça e a indiferença. Sentimentos de culpa são persistentes e influenciam a dinâmica das relações familiares ao longo do tempo.
Além disso, um histórico de abuso na infância, especialmente durante a fase de amamentação, e problemas graves nas relações familiares geram conflitos nos relacionamentos atuais, dificultando a capacidade de suportar o toque e a intimidade. Ao mesmo tempo, uma sexualidade aumentada e descontrolada, desprovida de restrições morais, provoca sentimentos intensos de culpa, vergonha e auto-repugnância. Esses conflitos internos podem manifestar-se como transtornos alimentares e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).