• LAC LEONINUM

    LAC LEONINUM (lac-leo)

    Reagem com rai­va, vio­lên­cia e der­ra­ma­men­to sobre os inimi­gos, espe­cial­mente quan­do há um sen­ti­men­to de orgul­ho feri­do.

    Exter­na­mente, é vis­to como uma pes­soa nobre e digna, mas esconde ess­es traços por receio de ser inter­pre­ta­do como arro­gante. Esta neces­si­dade de evi­tar pare­cer pre­sunçoso reflete-se tam­bém numa difi­cul­dade em diz­er “não” e em esta­b­ele­cer lim­ites claros nas relações pes­soais e profis­sion­ais. Emb­o­ra seja cal­ma e con­tro­la­da, rev­e­lando uma orga­ni­za­ção notáv­el na sua vida diária, tam­bém se car­ac­ter­i­za por ser ambi­ciosa e indus­triosa, orgul­han­do-se das suas con­quis­tas. No entan­to, toda essa tran­quil­i­dade aparente serve para escon­der vul­ner­a­bil­i­dades e emoções mais pro­fun­das, que pref­ere não expor.

    Em ter­mos de rela­ciona­men­tos amorosos, há uma tendên­cia para se sen­tir atraí­da por home­ns indisponíveis, preguiçosos, mas com uma pre­sença forte e, por vezes, vio­len­ta. Este padrão pode apon­tar para escol­has amorosas que acabam por se tornar autoss­ab­o­ta­do­ras. Além dis­so, a dinâmi­ca com out­ras mul­heres pode ser mar­ca­da por sen­ti­men­tos de ciúme, par­tic­u­lar­mente em con­tex­tos famil­iares, como a rival­i­dade entre irmãs. O gan­ho de peso, neste caso, parece ser uma estraté­gia incon­sciente de pro­teção sex­u­al, um escu­do físi­co con­tra pos­síveis vul­ner­a­bil­i­dades emo­cionais.

    No seu per­cur­so de vida, o paciente pas­sou por exper­iên­cias sig­ni­fica­ti­vas, incluin­do momen­tos de quase-morte e tragé­dias, que moldaram a sua per­son­al­i­dade aven­tureira. Existe uma forte lig­ação emo­cional e talvez históri­ca com a África, o que parece refle­tir a pro­fun­di­dade das suas vivên­cias.

    Fisi­ca­mente, apre­sen­ta prob­le­mas recor­rentes como aftas, transtornos ali­menta­res e lom­bal­gia, que influ­en­ci­am o seu bem-estar ger­al. Além dis­so, em ter­mos emo­cionais, as suas reações são fre­quente­mente inten­sas, respon­den­do a situ­ações de orgul­ho feri­do com rai­va e, por vezes, vio­lên­cia, espe­cial­mente quan­do sente que foi desre­speita­do ou ata­ca­do.

    Men­tal­mente, man­i­fes­ta uma ampla gama de emoções e com­por­ta­men­tos com­plex­os. Por um lado, tem um forte dese­jo de aju­dar os out­ros, espe­cial­mente as cri­anças, demon­stran­do uma natureza com­pas­si­va. No entan­to, pode tam­bém enfrentar prob­le­mas rela­ciona­dos com fig­uras de autori­dade, lidan­do mal com imposições ou regras exter­nas, o que pode levar a con­fli­tos. Nas relações con­ju­gais, podem sur­gir desacor­dos pro­fun­dos entre mul­heres e mari­dos, e, em alguns casos, os home­ns podem ter envolvi­men­tos com out­ros home­ns, o que agra­va o dese­qui­líbrio emo­cional.

    Há uma sen­sação con­stante de pre­cis­ar de ser respeita­do e admi­ra­do, com padrões ele­va­dos em todas as áreas da sua vida. O paciente anseia pelo poder e pela inde­pendên­cia, mas simul­tane­a­mente teme perder ambos, o que o leva a sen­ti­men­tos de infe­ri­or­i­dade e solidão. A sua sen­si­bil­i­dade em relação à ver­dade é notáv­el, assim como a sede inten­sa que exper­i­men­ta fisi­ca­mente, muitas vezes acom­pan­ha­da por um aumen­to do dese­jo sex­u­al e humores var­iáveis, que podem oscilar dras­ti­ca­mente.

    Nos seus son­hos, o paciente fre­quente­mente reflete as suas pre­ocu­pações com as respon­s­abil­i­dades que car­rega, sentin­do-se pres­sion­a­do pela vida e pelos com­pro­mis­sos que assume. Adi­cional­mente, nota-se que os sin­tomas físi­cos e emo­cionais ten­dem a agravar-se antes das men­stru­ações, um padrão que acom­pan­ha o seu ciclo hor­mon­al e que exac­er­ba a sua já com­plexa vivên­cia emo­cional.

    Este con­jun­to de car­ac­terís­ti­cas, des­de o orgul­ho e o dese­jo de inde­pendên­cia até às dinâmi­cas de rela­ciona­men­to difí­ceis e aos sin­tomas físi­cos, pin­ta um quadro de uma per­son­al­i­dade forte, mas vul­neráv­el, que luta entre o dese­jo de ser vis­to como capaz e a neces­si­dade de pro­te­ger o seu lado mais sen­sív­el e frag­iliza­do.


    TEMÁTICA

    O tema dos Lac abor­da prob­le­mas na lig­ação entre mãe e fil­ho, que podem ser cau­sa­dos por uma var­iedade de fatores, como doença mater­na, depressão pós-par­to, difi­cul­dades na ama­men­tação, pre­ma­turi­dade, ou sep­a­ração pre­coce. Ape­sar dess­es desafios, há um forte dese­jo de conexão, levan­do as cri­anças a adotarem com­por­ta­men­tos servis e respon­sáveis, refletindo uma carên­cia afe­ti­va.

    A dinâmi­ca famil­iar pode invert­er-se, com a mãe tor­nan­do-se depen­dente do fil­ho, geran­do uma relação de co dependên­cia. Em con­tex­tos onde a mãe é solteira, o fil­ho pode sen­tir a neces­si­dade de preencher o vazio deix­a­do pela ausên­cia de um par­ceiro parental. Essa situ­ação pode levar ao envolvi­men­to em causas soci­ais, como o fem­i­nis­mo, ou a uma pos­tu­ra rebelde, mas com uma causa clara e jus­ti­fi­ca­da. A espir­i­tu­al­i­dade pode tam­bém servir como um refú­gio ou uma for­ma de dar sen­ti­do à vida.

    A vitimiza­ção, acom­pan­ha­da de um sen­ti­men­to de indig­nação, pode sur­gir, espe­cial­mente em casos de abu­so, resul­tan­do em uma alternân­cia de com­por­ta­men­tos entre a bus­ca por justiça e a indifer­ença. Sen­ti­men­tos de cul­pa são per­sis­tentes e influ­en­ci­am a dinâmi­ca das relações famil­iares ao lon­go do tem­po.

    Além dis­so, um históri­co de abu­so na infân­cia, espe­cial­mente durante a fase de ama­men­tação, e prob­le­mas graves nas relações famil­iares ger­am con­fli­tos nos rela­ciona­men­tos atu­ais, difi­cul­tan­do a capaci­dade de supor­tar o toque e a intim­i­dade. Ao mes­mo tem­po, uma sex­u­al­i­dade aumen­ta­da e descon­tro­la­da, desprovi­da de restrições morais, provo­ca sen­ti­men­tos inten­sos de cul­pa, ver­gonha e auto-repugnân­cia. Ess­es con­fli­tos inter­nos podem man­i­fes­tar-se como transtornos ali­menta­res e Transtorno Obses­si­vo-Com­pul­si­vo (TOC).


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