LAC MATERNUM (leite de amamentação)
O processo de encarnação durante a gravidez é crucial para o desenvolvimento do ser humano, mas nem sempre ocorre de forma completa. Várias causas podem interferir neste processo, desde a ansiedade em aceitar o estado físico até à saudade do mundo astral ou à recusa dos pais em aceitar a criança no início da gravidez. Esta falta de encarnação profunda resulta num desconhecimento da verdadeira identidade e numa falta de centramento, tornando a pessoa vulnerável à energia alheia e ao ambiente que a rodeia.
No plano mental, surgem uma série de sintomas que refletem esta falta de encarnação completa. A pessoa pode sentir ansiedade em relação à vida, saudades do mundo astral, tristeza e falta de alegria. O pensamento torna-se confuso, e as defesas contra o mundo exterior são reduzidas, levando a uma falta de autoestima e sensação de vazio. A libido pode ser afetada, e a pessoa pode experimentar uma sensação de flutuação para fora do corpo.
Além disso, no aspecto físico, podem surgir dores de cabeça, enxaquecas, tonturas e vertigens, assim como problemas de pele como rubor, eczema e psoríase. O paciente pode também sentir frio nas extremidades.
Este quadro clínico complexo requer uma abordagem holística para o tratamento, visando não apenas aliviar os sintomas físicos, mas também promover o centramento, a autoestima e a conexão com a própria identidade. A homeopatia pode desempenhar um papel importante neste processo, oferecendo tratamentos individualizados que visam equilibrar o corpo, a mente e o espírito.
TEMÁTICA
O tema dos Lac aborda problemas na ligação entre mãe e filho, que podem ser causados por uma variedade de fatores, como doença materna, depressão pós-parto, dificuldades na amamentação, prematuridade, ou separação precoce. Apesar desses desafios, há um forte desejo de conexão, levando as crianças a adotarem comportamentos servis e responsáveis, refletindo uma carência afetiva.
A dinâmica familiar pode inverter-se, com a mãe tornando-se dependente do filho, gerando uma relação de co dependência. Em contextos onde a mãe é solteira, o filho pode sentir a necessidade de preencher o vazio deixado pela ausência de um parceiro parental. Essa situação pode levar ao envolvimento em causas sociais, como o feminismo, ou a uma postura rebelde, mas com uma causa clara e justificada. A espiritualidade pode também servir como um refúgio ou uma forma de dar sentido à vida.
A vitimização, acompanhada de um sentimento de indignação, pode surgir, especialmente em casos de abuso, resultando em uma alternância de comportamentos entre a busca por justiça e a indiferença. Sentimentos de culpa são persistentes e influenciam a dinâmica das relações familiares ao longo do tempo.
Além disso, um histórico de abuso na infância, especialmente durante a fase de amamentação, e problemas graves nas relações familiares geram conflitos nos relacionamentos atuais, dificultando a capacidade de suportar o toque e a intimidade. Ao mesmo tempo, uma sexualidade aumentada e descontrolada, desprovida de restrições morais, provoca sentimentos intensos de culpa, vergonha e auto-repugnância. Esses conflitos internos podem manifestar-se como transtornos alimentares e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).