• Lactuca virosa 

    Lac­tu­ca virosa 

    Apre­sen­tam uma dis­posição pro­fun­da­mente melancóli­ca e inqui­eta, com uma tendên­cia a con­vi­dar a tris­teza, sendo afe­ta­do por noções extrav­a­gantes e exager­adas. As ocor­rên­cias mais sim­ples des­per­tam nele apreen­sões ter­ríveis e repug­nantes. Após viven­ciar um luto, sente uma dor impres­sio­n­ante na tes­ta à noite, acom­pan­ha­da de con­trações vio­len­tas na gar­gan­ta e uma incli­nação con­stante para chorar. Inter­na­mente, vive em esta­do de angús­tia e agi­tação, man­i­fe­s­tando um mau humor extremo, facil­mente provo­ca­do pela menor con­tradição ou provo­cação. Este esta­do gera uma indis­posição para o tra­bal­ho e uma inca­paci­dade de per­manecer na cama, com um humor irri­tadiço. A sua mente está con­fusa, sendo difí­cil orga­ni­zar pen­sa­men­tos, e o esforço int­elec­tu­al causa-lhe dores de cabeça, com pen­sa­men­tos mis­tu­ra­dos e impos­síveis de serem resolvi­dos em ideias claras.

    Tolo e inqui­eto, pode provo­car os irmãos e as pes­soas ao seu redor. A sua sen­si­bil­i­dade emo­cional faz com que seja doce e suave, evi­tan­do magoar os out­ros. No entan­to, choca-se pro­fun­da­mente diante de qual­quer bru­tal­i­dade ou desre­speito, espe­cial­mente quan­do provém de uma figu­ra de autori­dade, como um pai vio­len­to. Sofre com o luto, espe­cial­mente pela per­da de um fil­ho ou dos pais, e sente uma sen­sação con­stante de aper­to e lev­eza, como se estivesse a nadar na cama.

    Fisi­ca­mente, o paciente é afe­ta­do por vários dis­túr­bios. A nív­el res­pi­ratório, sofre de angi­na de peito, asma e tosse con­vul­sa. A tosse, que pode ser seca ou con­vul­si­va, é muitas vezes acom­pan­ha­da de dores na região ester­nal e uma sen­sação de aper­to no peito, com difi­cul­dade em res­pi­rar, espe­cial­mente em ambi­entes fecha­dos, o que leva a crises de asma. No sis­tema gas­troin­testi­nal, enfrenta prob­le­mas como con­sti­pação, diar­reia e azia, fre­quente­mente acom­pan­hados de dores no piloro e ascite. O fíga­do e o baço tam­bém são afe­ta­dos, com sen­sações de dor e descon­for­to nas respeti­vas regiões.

    Os sin­tomas gen­i­tais e urinários incluem gonor­reia e a sen­sação de globo histéri­co, muitas vezes asso­ci­a­dos a episó­dios de his­te­ria. No caso das mul­heres, há um estí­mu­lo exces­si­vo da lac­tação, sendo o remé­dio útil como galac­t­a­gogo. O paciente tam­bém sofre de dores artic­u­lares e mus­cu­lares, com espe­cial destaque para os ombros, onde sente uma dor inten­sa, par­tic­u­lar­mente na artic­u­lação esquer­da, que lhe dá a sen­sação de par­al­isia. A dor pode irra­di­ar-se pela medu­la espin­hal, descen­do até ao sacro, e muitas vezes espal­ha-se pelas costas, pare­cen­do cãi­bras que surgem em várias direções. Além dis­so, há uma sen­sação de ten­são nos mús­cu­los do pescoço, espe­cial­mente no lado dire­ito, que se agra­va ao tossir ou ao lev­an­tar os braços.

    O paciente pode exper­i­men­tar dis­túr­bios nos sen­ti­dos, como ilusões de cheiro, zumbidos nos ouvi­dos e mus­ca voli­tante, além de uma dor agu­da nos molares do lado esquer­do da mandíbu­la, como se estivessem a ser tor­ci­dos, e dores nas gen­gi­vas durante a masti­gação. Out­ras man­i­fes­tações incluem sono exces­si­vo, boce­jos fre­quentes e uma sen­sação de lev­i­tação, que reforça o esta­do de lev­eza e desconexão com a real­i­dade. Ao mes­mo tem­po, sente um descon­for­to ger­al, com uma sen­sação de aper­to, espe­cial­mente nas costas e no peito, o que con­tribui para o seu esta­do de vul­ner­a­bil­i­dade físi­ca e emo­cional.


    O tema é vive um con­fli­to entre agradar os out­ros e adap­tar-se, enquan­to ten­ta preser­var a sua inde­pendên­cia e autono­mia. Ide­al­ista, sente uma forte mis­são de tornar o mun­do mel­hor, mas a sua frag­ili­dade inte­ri­or impede‑o de alcançar os seus obje­tivos. De caráter doce, neces­si­ta de apoio, aprovação e coop­er­ação, fican­do pro­fun­da­mente choca­do quan­do os out­ros não demon­stram estas qual­i­dades human­itárias. Com uma qual­i­dade infan­til mar­cante, é muito ape­ga­do à mãe e man­tém uma neces­si­dade con­stante de apoio mater­no. Não se desen­volve emo­cional­mente para a vida adul­ta, per­manecen­do assex­u­al e sem inter­esse em casar-se.


tradutor
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