• LOXOSCELES RECLUSA

    LOXOSCELES RECLUSA

    No plano men­tal, muitos exper­i­men­tam um forte sen­ti­men­to de iso­la­men­to e inad­e­quação, além de autocríti­ca inten­sa em relação a si mes­mos. São obser­vadores, mas ten­dem a se iso­lar social­mente, sentin­do-se soz­in­hos mes­mo na com­pan­hia de out­ros. Além dis­so, sen­tem uma desconexão entre mente e cor­po, dese­jan­do até mes­mo se escon­derem debaixo das cober­tas para evi­tar con­ta­to com o mun­do exte­ri­or.

    Ess­es pacientes podem tam­bém man­i­fes­tar uma ati­tude egocên­tri­ca e críti­ca em relação aos out­ros, mas ao mes­mo tem­po se sen­tem inca­pazes de expres­sar ter­nu­ra e com­paixão. Exper­i­men­tam fre­quente­mente pen­sa­men­tos sui­ci­das alter­na­dos com perío­dos de ale­gria, e têm uma vida sex­u­al mar­ca­da por pen­sa­men­tos exci­ta­dos, mas difi­cul­dade em esta­b­ele­cer con­ta­to ínti­mo.

    No aspec­to físi­co, ess­es pacientes podem ter difi­cul­dade para dormir, per­da de apetite e uma sen­si­bil­i­dade extrema à água na pele. Seu metab­o­lis­mo é acel­er­a­do, o que pode levar a pal­pi­tações e difi­cul­dade res­pi­ratória. Apre­sen­tam sin­tomas gas­troin­testi­nais como dis­ten­são abdom­i­nal, náuse­as mati­nais e fezes amare­las ou diar­reia.

    Além dis­so, sofrem de dores nevrál­gi­cas inten­sas, fre­quente­mente descritas como lanci­nantes, que podem ocor­rer em várias partes do cor­po, incluin­do cabeça, peito, costas e náde­gas. Out­ros sin­tomas incluem ciáti­ca, mãos frias e dor­mentes.

    As modal­i­dades dess­es pacientes indicam que seus sin­tomas ten­dem a mel­ho­rar com o frio e pio­rar com o calor.


    TEMÁTICA

    O tema das ara­nhas, expres­sa con­fli­tos com a figu­ra mater­na são um tema cen­tral, com a hiper­a­tivi­dade infrutífera, oposição e descon­fi­ança resul­tan­do do sen­ti­men­to de fal­ta de decisão e cas­tração provo­ca­dos por uma mãe dom­i­nado­ra, neg­li­gente, fria e críti­ca. Esta dinâmi­ca leva a um com­por­ta­men­to destru­ti­vo como uma for­ma de punição à mãe.

    A bus­ca por atenção é fre­quente­mente man­i­fes­ta­da por meio de hipocon­dria e dependên­cia, e ape­sar de afas­tar e punir os out­ros estrate­gi­ca­mente, o sen­ti­men­to de estar con­tra ele é vis­to como a raiz de todos os seus prob­le­mas. Sua impul­sivi­dade pode evoluir para cru­el­dade e vio­lên­cia repenti­na. O com­por­ta­men­to pode vari­ar entre bom humor e brin­cadeiras, mas tam­bém pode se trans­for­mar em sar­cas­mo, per­ver­ta e engano. Existe uma sen­sação con­stante de perseguição e um dese­jo de não ser toca­do. A pes­soa tam­bém demon­stra uma forte apre­ci­ação por vibrações, dança, músi­ca, rit­mo (peri­od­i­ci­dade) e cores flu­o­res­centes.

    O indi­ví­duo apre­sen­ta disci­ne­sia, com um rit­mo alter­ado e aver­são à plen­i­tude, o que pode inter­ferir em sua hiper­a­tivi­dade. Pode ser mis­antrópi­co, vinga­ti­vo e ofen­si­vo, escon­den­do uma vul­ner­a­bil­i­dade sub­ja­cente expres­sa em medo da morte e ansiedade de sep­a­ração. Em ter­mos de sim­bolis­mo ani­mal, enquan­to ara­nhas e escor­piões são ambi­ciosos, ape­nas os escor­piões alcançam resul­ta­dos reais; ara­nhas fre­quente­mente enfrentam con­fli­tos com a mãe, enquan­to escor­piões lidam com con­fli­tos rela­ciona­dos ao pai. A sen­sação de estar aper­ta­do ou amar­ra­do é fre­quente, com uma visão em túnel que é expres­sa em gestos. A pes­soa se sente sus­pen­sa entre a ter­ra e o céu, refletindo uma sen­sação de desconexão.

    O primeiro sin­toma notáv­el é a inqui­etude, man­i­fes­ta­da por uma ener­gia ner­vosa abun­dante que é difí­cil de con­tro­lar e está sem­pre à beira de um tumul­to (asso­ci­a­do ao Arsenicum album). A ansiedade é tão inten­sa que o movi­men­to con­tín­uo parece aliviar, e o autismo é uma man­i­fes­tação extrema des­ta inqui­etação. Remé­dios para ara­nhas podem ser indi­ca­dos em todo o espec­tro autís­ti­co.

    Além dis­so, podem ocor­rer dis­túr­bios ali­menta­res como bulim­ia e anorex­ia. A sen­sação de estar amar­ra­do à Ter­ra, mes­mo estando no ar, reflete uma con­fusão e des­ori­en­tação gen­er­al­iza­da, como se não estivesse total­mente em nen­hum lugar especí­fi­co.

    Essa sen­sação de desconexão com o tem­po é acom­pan­ha­da por des­ori­en­tação, fal­ta de clareza, erros fre­quentes, fraque­za de memória e até mes­mo con­fusão de iden­ti­dade. Através de sua sen­si­bil­i­dade, a pes­soa tem um con­hec­i­men­to agu­do das pes­soas, mas não uma com­preen­são real do que isso sig­nifi­ca. É sen­sív­el ao ambi­ente, mas sem uma for­ma ade­qua­da de reg­u­lar essa sen­si­bil­i­dade, o que fre­quente­mente resul­ta em hipersen­si­bil­i­dade. Os sen­ti­dos de visão, olfa­to e pal­adar tam­bém são exces­si­va­mente sen­síveis.

    Emb­o­ra seja capaz de cap­tar o esta­do de espíri­to e a sen­si­bil­i­dade dos out­ros, a fal­ta de com­preen­são real sobre como rea­gir ade­quada­mente a essas perceções pode cri­ar difi­cul­dades. A inqui­etação está asso­ci­a­da à ansiedade, que se man­i­fes­ta como uma inqui­etação men­tal, resul­tan­do em ver­ti­gens e uma fal­ta de esta­bil­i­dade na expressão, com mudanças ráp­i­das e sem causa aparente.


tradutor
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