• PHOLCUS PHALANGOIDES

    PHOLCUS PHALANGOIDES

    Men­tal­mente, obser­va-se uma gama de com­por­ta­men­tos dis­tin­tos, como a tendên­cia a rodar o cor­po nas per­nas quan­do per­tur­ba­do ou a realizar movi­men­tos cir­cu­lares quan­do toca­do, car­ac­terís­ti­cas asso­ci­adas ao autismo. Além dis­so, há uma man­i­fes­tação de ten­são ner­vosa, medo e agressão, jun­ta­mente com uma fal­ta de moti­vação e inca­paci­dade de ini­ciar ativi­dades, o que tor­na a con­cen­tração uma tare­fa difí­cil.

    No âmbito das sen­sações e ilusões, os pacientes fre­quente­mente relatam uma sen­sação de iso­la­men­to, acom­pan­ha­da por uma forte indifer­ença e fal­ta de pre­ocu­pação com o ambi­ente ao seu redor. Além dis­so, descrevem sen­sações pecu­liares, como a sen­sação de flu­tu­ar os braços para cima e uma sen­sação de peso na cabeça, com a per­cepção de que o pescoço é inca­paz de supor­tar o peso.

    Em relação aos sin­tomas físi­cos, desta­cam-se sen­si­bil­i­dades aguçadas no olfa­to e pal­adar, man­i­fes­tadas por odores especí­fi­cos como um cheiro doce a sangue ou a ter­ra no nar­iz. Há tam­bém relatos de sangue nas descar­gas nasais, ver­mel­hidão nos olhos e um sabor metáli­co na boca. Sen­sações de ten­são e agi­tação na região do coração, bem como dores de arras­to no abdô­men e órgãos abdom­i­nais pres­sio­n­an­do para baixo, são comuns. Out­ras man­i­fes­tações incluem pro­lap­so uteri­no, dores nos ovários e aumen­to da men­stru­ação.

    Quan­to às modal­i­dades ter­apêu­ti­cas, nota-se uma mel­ho­ra sig­ni­fica­ti­va com a músi­ca e a dança, sug­erindo uma forte afinidade com essas for­mas de expressão. Além dis­so, a lat­er­al­i­dade esquer­da e a conexão emo­cional com o coração são car­ac­terís­ti­cas proem­i­nentes desse per­fil clíni­co.


    TEMÁTICA

    O tema das ara­nhas, expres­sa con­fli­tos com a figu­ra mater­na são um tema cen­tral, com a hiper­a­tivi­dade infrutífera, oposição e descon­fi­ança resul­tan­do do sen­ti­men­to de fal­ta de decisão e cas­tração provo­ca­dos por uma mãe dom­i­nado­ra, neg­li­gente, fria e críti­ca. Esta dinâmi­ca leva a um com­por­ta­men­to destru­ti­vo como uma for­ma de punição à mãe.

    A bus­ca por atenção é fre­quente­mente man­i­fes­ta­da por meio de hipocon­dria e dependên­cia, e ape­sar de afas­tar e punir os out­ros estrate­gi­ca­mente, o sen­ti­men­to de estar con­tra ele é vis­to como a raiz de todos os seus prob­le­mas. Sua impul­sivi­dade pode evoluir para cru­el­dade e vio­lên­cia repenti­na. O com­por­ta­men­to pode vari­ar entre bom humor e brin­cadeiras, mas tam­bém pode se trans­for­mar em sar­cas­mo, per­ver­ta e engano. Existe uma sen­sação con­stante de perseguição e um dese­jo de não ser toca­do. A pes­soa tam­bém demon­stra uma forte apre­ci­ação por vibrações, dança, músi­ca, rit­mo (peri­od­i­ci­dade) e cores flu­o­res­centes.

    O indi­ví­duo apre­sen­ta disci­ne­sia, com um rit­mo alter­ado e aver­são à plen­i­tude, o que pode inter­ferir em sua hiper­a­tivi­dade. Pode ser mis­antrópi­co, vinga­ti­vo e ofen­si­vo, escon­den­do uma vul­ner­a­bil­i­dade sub­ja­cente expres­sa em medo da morte e ansiedade de sep­a­ração. Em ter­mos de sim­bolis­mo ani­mal, enquan­to ara­nhas e escor­piões são ambi­ciosos, ape­nas os escor­piões alcançam resul­ta­dos reais; ara­nhas fre­quente­mente enfrentam con­fli­tos com a mãe, enquan­to escor­piões lidam com con­fli­tos rela­ciona­dos ao pai. A sen­sação de estar aper­ta­do ou amar­ra­do é fre­quente, com uma visão em túnel que é expres­sa em gestos. A pes­soa se sente sus­pen­sa entre a ter­ra e o céu, refletindo uma sen­sação de desconexão.

    O primeiro sin­toma notáv­el é a inqui­etude, man­i­fes­ta­da por uma ener­gia ner­vosa abun­dante que é difí­cil de con­tro­lar e está sem­pre à beira de um tumul­to (asso­ci­a­do ao Arsenicum album). A ansiedade é tão inten­sa que o movi­men­to con­tín­uo parece aliviar, e o autismo é uma man­i­fes­tação extrema des­ta inqui­etação. Remé­dios para ara­nhas podem ser indi­ca­dos em todo o espec­tro autís­ti­co.

    Além dis­so, podem ocor­rer dis­túr­bios ali­menta­res como bulim­ia e anorex­ia. A sen­sação de estar amar­ra­do à Ter­ra, mes­mo estando no ar, reflete uma con­fusão e des­ori­en­tação gen­er­al­iza­da, como se não estivesse total­mente em nen­hum lugar especí­fi­co.

    Essa sen­sação de desconexão com o tem­po é acom­pan­ha­da por des­ori­en­tação, fal­ta de clareza, erros fre­quentes, fraque­za de memória e até mes­mo con­fusão de iden­ti­dade. Através de sua sen­si­bil­i­dade, a pes­soa tem um con­hec­i­men­to agu­do das pes­soas, mas não uma com­preen­são real do que isso sig­nifi­ca. É sen­sív­el ao ambi­ente, mas sem uma for­ma ade­qua­da de reg­u­lar essa sen­si­bil­i­dade, o que fre­quente­mente resul­ta em hipersen­si­bil­i­dade. Os sen­ti­dos de visão, olfa­to e pal­adar tam­bém são exces­si­va­mente sen­síveis.

    Emb­o­ra seja capaz de cap­tar o esta­do de espíri­to e a sen­si­bil­i­dade dos out­ros, a fal­ta de com­preen­são real sobre como rea­gir ade­quada­mente a essas perceções pode cri­ar difi­cul­dades. A inqui­etação está asso­ci­a­da à ansiedade, que se man­i­fes­ta como uma inqui­etação men­tal, resul­tan­do em ver­ti­gens e uma fal­ta de esta­bil­i­dade na expressão, com mudanças ráp­i­das e sem causa aparente.


tradutor
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