• PYROGENIUM

    PYROGENIUM (Pyrog.)

    Alu­ci­nações, loquaci­dade, ansiedade, angús­tia e pre­ocu­pação.

    MENTAL:

    GRANDE AGITAÇÃO, com abanões na cama. Loquaci­dade. Pen­sa­men­tos rápi­dos. Pen­sa e fala muito mais rápi­do do que nun­ca durante a febre. Delírios como se sobre­car­rega­do de braços e per­nas, que o cor­po cobre a cama toda, que alguém está na cama com ele, que ele parece demasi­a­do grande.

    FÍSICO:

    Pyro­ge­ni­um é o remé­dio para condições SÉPTICAS (peri­tonite, sep­ticémia, últi­mos está­gios da tuber­cu­lose). FEBRE sép­ti­ca, puer­per­al, héc­ti­ca, zimóti­ca, tifoide, inter­mi­tente. A FREQUÊNCIA DO PULSO é ACELERADA, DESPROPORCIONADA À TEMPERATURA, ou o rever­so. Febre alta com fre­quên­cia cardía­ca não muito alta ou febre baixa com ele­va­da fre­quên­cia cardía­ca. Dores DOLORIDAS, feri­das, dori­das. Sente a cama demasi­a­do dura. Dori­do pelo cor­po todo, extrem­i­dades e ossos em espe­cial durante o calafrio.

    Calor ao cam­in­har ou movi­men­to. Tem de mover-se para aliviar a ulcer­ação da parte. CALAFRIO nos ossos e extrem­i­dades. O calafrio começa entre a omo­pla­ta e segue pela frieza dos ossos. Pal­adar ado­ci­ca­do, malcheiroso da boca. Fezes ofen­si­vas, pútri­das tipo peque­nas bolas negras. MUITO ATENTO AO CORAÇÃO pal­pi­tante.

    MODALIDADES:

    AGR.: frio (cli­ma, ficar frio, tocar em coisas frias), carne estra­ga­da.

    MELH.: movi­men­to, ao cam­in­har.


    TEMÁTICA

    O tema dos Nosó­dios e Sar­có­dios; a relação entre saúde e doença pode ser pro­fun­da­mente angus­tiante para aque­les que sen­tem, em seu ínti­mo, uma con­stante vul­ner­a­bil­i­dade. Para ess­es indi­ví­du­os, há uma sen­sação per­sis­tente de que são anor­mais e frágeis, como se estivessem sem­pre à mer­cê de ataques exter­nos ou inter­nos. Essa perceção de frag­ili­dade não é ape­nas físi­ca, mas tam­bém emo­cional, onde a pes­soa acred­i­ta que algo está fun­da­men­tal­mente erra­do em seu ser.

    Há uma con­vicção sub­ja­cente de que a fal­ha não está ape­nas em sin­tomas pas­sageiros, mas no próprio sis­tema, como se o cor­po e a mente estivessem, de algu­ma for­ma, defeitu­osos ou que­bra­dos. Essa sen­sação de imper­feição pode ser avas­sal­ado­ra, levan­do a uma bus­ca inces­sante por respostas: como cor­ri­gir esta fal­ha? Como reparar o que parece estar tão pro­fun­da­mente erra­do?

    Essa inces­sante autoin­ves­ti­gação pode levar a uma hipersen­si­bil­i­dade em relação à própria saúde, com uma tendên­cia a ampli­ficar qual­quer sinal de descon­for­to ou anom­alia como pro­va de que algo está de fato erra­do. O medo de ser suscetív­el a doenças ou de estar con­tin­u­a­mente em risco pode dom­i­nar os pen­sa­men­tos, geran­do uma ansiedade con­stante em relação ao próprio bem-estar.

    Esta luta inter­na para iden­ti­ficar e cor­ri­gir o que se percebe como defeito pode ser exaus­ti­va, mas tam­bém rev­ela um dese­jo pro­fun­do de alcançar a nor­mal­i­dade e a saúde ple­na. A sen­sação de que a solução está fora de alcance pode aumen­tar a angús­tia, crian­do um ciclo de pre­ocu­pação e frus­tração que se autoal­i­men­ta.

    No entan­to, esse proces­so de bus­ca e reflexão tam­bém pode ser vis­to como uma man­i­fes­tação de um forte dese­jo de autocuida­do e auto-preser­vação. A con­stante per­gun­ta sobre como se reparar, emb­o­ra nasci­da de inse­gu­ranças, pode, em últi­ma análise, levar a uma jor­na­da de auto­con­hec­i­men­to e ao desen­volvi­men­to de uma resil­iên­cia que trans­for­ma a perceção de fraque­za em força inte­ri­or.


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