SYPHILINUM (Syph.)
PROCESSOS DESTRUTIVOS A TODOS OS NIVEIS
MENTAL:
ANSIEDADE ACERCA DA SAUDE. MEDO DAS INFECÇÕES, de doenças contagiosas, da sífilis. NOJO. Delira de que ele está sujo. DESEJA LAVAR AS SUAS MÃOS. Verificação compulsiva. SEM ESPERANÇA, DESESPERA EM RECUPERAR, DEPRESSÃO. Grande irritabilidade durante a dor de cabeça.
Fraqueza da memória, não consegue lembrar nomes ou datas. Erosão do nível emocional o paciente pode ter uma sensação de deixar tudo desabar à sua volta. No nível mental vemos um colapso que pode levar à loucura.
FISICO:
Afeta as membranas mucosas, os nervos e os ossos. PROCESSOS SIFILÍTICOS, DESTRUTIVOS a todos os níveis. Erupções e inflamações sifilíticas. Ulceras. Abcessos. Cáries (deterioração) dos ossos. Distorção das características faciais, por ex: úlceras no palato (fenda palatina). Os dentes são diminuídos, soltos, sente-os pegajosos. Curvatura da coluna. Dores nos ossos mais com calor da cama, mas também piora com aplicações frias. Dores nas costas desde o pôr ao nascer do sol. TODOS OS SINTOMAS PIORAM A NOITE (do pôr ao nascer do sol) em especial das 02:00 — 04:00h. Dores de cabeça, com dor nos ossos da cabeça, piora à noite. Forte desejo por ÁLCOOL. Alcoolismo. Insónia após a meia-noite. Dor nas costas após urinar. Salivação durante o sono. Acne.
MODALIDADES:
AGR.: noite, das 02:00 às 04:00h.
DES.: bebidas quentes.
TEMÁTICA
O tema dos Nosódios e Sarcódios; a relação entre saúde e doença pode ser profundamente angustiante para aqueles que sentem, em seu íntimo, uma constante vulnerabilidade. Para esses indivíduos, há uma sensação persistente de que são anormais e frágeis, como se estivessem sempre à mercê de ataques externos ou internos. Essa perceção de fragilidade não é apenas física, mas também emocional, onde a pessoa acredita que algo está fundamentalmente errado em seu ser.
Há uma convicção subjacente de que a falha não está apenas em sintomas passageiros, mas no próprio sistema, como se o corpo e a mente estivessem, de alguma forma, defeituosos ou quebrados. Essa sensação de imperfeição pode ser avassaladora, levando a uma busca incessante por respostas: como corrigir esta falha? Como reparar o que parece estar tão profundamente errado?
Essa incessante autoinvestigação pode levar a uma hipersensibilidade em relação à própria saúde, com uma tendência a amplificar qualquer sinal de desconforto ou anomalia como prova de que algo está de fato errado. O medo de ser suscetível a doenças ou de estar continuamente em risco pode dominar os pensamentos, gerando uma ansiedade constante em relação ao próprio bem-estar.
Esta luta interna para identificar e corrigir o que se percebe como defeito pode ser exaustiva, mas também revela um desejo profundo de alcançar a normalidade e a saúde plena. A sensação de que a solução está fora de alcance pode aumentar a angústia, criando um ciclo de preocupação e frustração que se autoalimenta.
No entanto, esse processo de busca e reflexão também pode ser visto como uma manifestação de um forte desejo de autocuidado e auto-preservação. A constante pergunta sobre como se reparar, embora nascida de inseguranças, pode, em última análise, levar a uma jornada de autoconhecimento e ao desenvolvimento de uma resiliência que transforma a perceção de fraqueza em força interior.